segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Documentário sobre a cena metal em Moçambique


A jornalista e cineasta Leslie Bornstein conversou recentemente com o BET.com sobre seu próximo documentário "Terra Pesada", que é descrito como "a história de jovens músicos de metal em Moçambique, ex- colônia de escravos portugueses, e sua busca para serem ouvidos".

Questionada sobre como foram algumas de suas descobertas mais surpreendentes enquanto explorava a cena heavy metal em Moçambique, Bornstein disse: "Neste momento da vida, pouca coisa me surpreende. Fiquei muito impressionada com o quanto esses garotos moçambicanos são talentosos, por levarem sua música tão à sério e pela forma como sabem das coisas. Todos eles tocam vários instrumentos e vários outros gêneros de música. Eu também fiquei impressionada com a sua desenvoltura e o domínio, sem medo, da tecnologia. Eles entendem sobre hardware e software. Eles constroem seus próprios computadores. Eles não têm medo de pegar qualquer coisa e ver como ela funciona".

Ela continuou: "Esta é a primeira geração de moçambicanos que estão crescendo em paz. Eles são os primeiros a terem esse luxo de serem mais rebeldes, jovens insatisfeitos. Assim como garotos que curtem metal em todo o mundo, exceto talvez na Alemanha e os países escandinavos, que lidam com o status de serem excluídos, enquanto lutam por alguma aceitação. É interessante o quanto eles valorizam a educação e acreditam que a obtenção de uma boa educação possa levar a uma vida melhor.

"A minha maior surpresa foi quando voltei para os Estados Unidos. Eu pensei que todo mundo adoraria isso tanto quanto eu, e que eu não teria nenhum problema em encontrar apoio. Afinal, o pai de nosso presidente é descendente de africanos".

Bornstein lançou uma campanha financiada pelo público para levantar mais fundos para a "Terra Pesada". Ela disse ao BET.com: "Até agora, o projeto inteiro, incluindo quatro viagens para Moçambique e a compra de todos os equipamentos, todos foramn auto-financiados com rápida diminuição de poupança e cartões de crédito. O dinheiro arrecadado através da RocketHub seria usado para pagar tradutores, para contratar imediatamente um assistente para que eu possa realmente trabalhar no filme e contratar pelo menos um editor de português, de preferência com um bom senso histórico, que possa focar as filmagens de forma completa. Eu, obviamente, precisarei de muito mais do que isso.

"Em última análise, eu gostaria de poder dar instrumentos e equipamentos para os músicos de metal e espaços para ensaios, criar fundos com bolsas de estudos para pagar a educação dessa garotada, independente do que eles quiserem seguir, e poder trazer algumas bandas para tocar aqui. Seria um sonho em ter uma banda de metal local abrindo para uma banda americana que tenha uma grande influência, como o SLIPKNOT ou CANNIBAL CORPSE".



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