terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tudo mudou depois da morte de Jeff Hanneman


Brian Aberback da revista de Nova Jersey, Steppin' Out, recentemente conduziu uma entrevista com o baixista/vocalista do SLAYER, Tom Araya. Um trecho da conversa segue abaixo.

Steppin 'Out: Você começaram a fazer coletivas para esta turnê e sei que todo mundo irão perguntar sobre o (falecido guitarrista do Slayer) Jeff (Hanneman). Como você se sente falando sobre tudo o que se passou nos últimos seis meses?

Tom Araya: Você sabe que conseguirá essas perguntas se decidirmos fazer coletivas ou não. Se você não fizer entrevistas, ninguém ficará ciente de que você irá fazer uma turnê. Não me incomodaria se Kerry (King, guitarrista) fizesse todas as entrevistas (risos). Mas quando eu faço entrevistas, eu venho com a mente aberta e tento responder as perguntas da melhor forma possível.

Steppin 'Out: Você tinha alguma ideia de que Jeff estava muito doente antes de morrer?

Tom: Ninguém nunca imaginou o que Jeff estava passando. Eu pensei que ele ficaria melhor e voltaria aos palcos. Conversamos sobre voltar ao estúdio durante os últimos dois anos, e Jeff sendo parte disso. Era algo para ser continuado.

Steppin 'Out : Você já pensou em dar um tempo na banda depois de sua morte?

Tom: Sua morte mudou tudo. Sabendo que Jeff estava por perto, eu ficava bem. Sempre pensávamos que "Jeff iria voltar." Em seguida, ele faleceu e fiquei tipo, "Por que estou fazendo isso agora?" Ele mudou minha atitude sobre algumas coisas. Alguém disse: "É muito bom que vocês decidiram fazer uma turnê e seguir em frente", mas essas datas foram agendadas com antecedência. No final desta turnê, Kerry e eu vamos ter que nos sentar e conversar, tanto quanto a forma como queremos seguir em frente, se quisermos avançar. Não houve tempo para conversarmos ainda. Nós estivemos na estrada, mas não conversamos sobre isso. Jeff e eu colaboramos muito, e ele me ofereceu a oportunidade de compor ou de colaborar com ele. Como eu disse, há coisas que temos de discutir seja para seguir em frente ou apenas para descobrir alguma coisa.

Steppin 'Out: Foi difícil em fazer os primeiros shows após a morte de Jeff neste verão, na Europa?

Tom: Isso foi difícil. Nós excursionamos pela Europa e América do Sul. Ficou mais fácil, mas as duas primeiras semanas foram difíceis. A primeira parte foi ótima, a excitação e a gritaria da multidão te faz continuar, mas, em seguida, indo para o final da apresentação, tudo começa a vir à tona. E como se não bastasse, tivemos o pano de fundo com o logo da Heineken com o nome de Hanneman sobre ele, que foi baixado para as duas últimas músicas, "South Of Heaven" e "Angel Of Death". Isso não deixas as coisas fáceis pra todo mundo. A primeira semana, mais ou menos, eu tive um momento difícil de tentar cantar sem me perder. Fizemos duas turnês na Europa e uma na América do Sul. Estou melhor agora, mas é diferente. Mas, ainda assim, apesar de sentir o que eu sinto, eu dou mais de 100%. O show é grande.

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