quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Lars Ulrich presta homenagem à Lou Reed


Nos dias seguintes à morte de Lou Reed, aparentemente todos que já ouviram um disco do VELVET UNDERGROUND homenagearam a lenda do rock. Mas a banda cujo nome compartilhou a capa da última gravação de Reed, esteve visivelmente ausente.

Aparentemente o METALLICA precisava de tempo para que o baterista Lars Ulrich escrevesse um tributo com gritantes 7600 palavra. Ulrich escreveu sobre suas memórias em trabalhar com Reed no disco "Lulu" - ao mesmo tempo sem nenhuma semelhança entre os dois artistas - na mais recente edição do The Guardian.

"Não importa o que ele dizia, ele sempre falava a sua verdade", escreve Ulrich. "Nunca me senti pensativo, sempre me senti como se ele viesse de algum outro lugar. Quando as pessoas falam, se trata de suas mentes, eu não sei de onde as palavras vieram, mas elas vieram de outro lugar. Emocionalmente, fisicamente, tudo - isso realmente mexeu comigo. Eu queria ter lhe dado força, e eu acho que o Metallica lhe deu essa força".

Ulrich começa seu artigo, dizendo que ele sabia que o fim estava próximo. O Metallica estava fazendo um show no Apollo Theater, em Nova York e era esperado que, naturalmente, o nova-iorquino Reed aparecesse para assistir. "Ele não fez isso porque seu estado de saúde havia piorado, então eu sabia que as coisas não estavam bem", ele escreve. Ainda assim, quando surgiram notícias da morte de Reed em 27 de outubro, Ulrich "estava meio chocado e detonado".

A maior parte do artigo de Ulrich é repleto de histórias sobre a lendária reputação de Reed como um mau-humrado e a gravação de 2011. "Lulu". Ele diz que Reed tinha muito em comum com Metallica: "Nós dois estávamos à vontade, nós nunca nos sentimos tão confortáveis em seguir pelo mesmo caminho que todo mundo estava seguindo. O Metallica sempre foi autônomo, e Lou Reed era mestre nisso, ser autônomo, marchando com o seu próprio tambor, fazendo com que cada projeto ficasse diferente do anterior e nunca sentisse como se tivesse a responsabilidade de ninguém, além de si mesmo. Nós compartilhamos uma afinidade nisso".

Ulrich também gasta vários parágrafos falando sobre a dura crítica que 'Lulu' recebeu quando foi lançado e como alguns fãs começaram a aceitá-lo (A própria conclusão de Ulrich sobre o álbum dois anos depois? "Soou relevante e mais intenso do que nunca, ficou incrivelmente potente, muito vivo e impulsivo"). Mas, principalmente, suas palavras servem como um tributo mais honesto à Reed, como zilhões de outros que foram escritos ao longo dos últimos dias.

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