terça-feira, 17 de setembro de 2013
Dave Mustaine conhece suas limitações
Richard Bienstock da Guitar World, recentemente conduziu uma entrevista com o líder do MEGADETH, Dave Mustaine e com o guitarrista Chris Broderick. Alguns trechos da conversa seguem abaixo.
Guitar World: Você já declarou publicamente que acha que Chris é o melhor guitarrista com quem você já tocou.
Mustaine: Ele é como um enigma. O Chris é capaz de fazer e o que ele faz são duas coisas totalmente diferentes. Ele pode ser bem alucinante, tocando no braço inteiro de sua guitarra de sete cordas e solar por seis minutos. Mas ele também pode tocar algo incrivelmente melódico. Você precisa conseguir reproduzir o que se encaixa melhor na música. E isso é uma coisa legal quando estamos juntos: nós aprendemos muito um com o outro como pessoas e como músicos. E quando se trata de solos, especialmente para uma banda como essa, você tem que pensar à respeito. Você tem que realmente pensar sobre o que você quer fazer. Você não pode simplesmente fazer escalas e sweeps. Dito isto, o cara pode fazer 800 notas em quatro compassos, se ele quiser.
Guitar World: Chris, como é a sensação de ouvir Dave dizer essas coisas?
Broderick: Sempre humilde, porque ele já trabalhou com vários guitarristas incríveis. Cada músico que passou pelo Megadeth deixou algo grande, e eu acho que eu tenho sorte de poder se contado como um deles. Mas, na medida que você trabalha com Dave, fica mais fácil. O tipo de personalidade que eu tenho, eu gostaria de ter um rumo, um caminho e saber o que eu estou fazendo. E Dave tem uma idéia clara do que ele quer e eu não preciso lidar com uma série de decisões. Eu apenas pego minha guitarra, me ajeito e toco as músicas.
Guitar World: Por mais que a banda tenha explorado um novo território em "Super Collider", existem também alguns momentos da fase antiga do Megadeth. Dave Ellefson disse que algumas partes do novo álbum lembram "Killing Is My Business… and Business Is Good!", e certamente se pode ouvir isso em algo parecido com a segunda metade de "Dance In The Rain".
Broderick: Definitivamente. Quando ouço um ritmo como o que tem no final de "Dance In The Rain", eu começo a pensar em músicas como "Rattlehead" (do "Killing Is My Business...") e todas essas coisas mais antigas. Eu defino assim. Eu acho que as duas partes seguem a mesma direção. Elas possuem o mesmo humor. Essa mesma agressão.
Mustaine: Mas você sabe, quando eu estou escrevendo, eu não penso a mesma coisa. Ela soa bem moderna. Eu não tenho a capacidade de pensar assim. Bem que eu queria. Deus, eu voltaria para o "Rust In Peace" e escreveria outro! Porque eu estava ouvindo outro dia e pensei: Cara, o que diabos eu estava pensando quando escrevi isso? Porque eu conheço as minhas limitações e essas merdas, e eu estava ouvindo a faixa-título eu acho, aquele foi um dia de sorte!
Guitar World: Falando nisso, você tocou alguns dos antigos álbuns no palco nestes últimos anos, começando pela turnê do 20º aniversário do "Rust In Peace" e, mais recentemente, uma celebração semelhante para o "Countdown To Extinction".
Mustaine: É como um círculo gigante. Nós estávamos mixando o DVD ao vivo do "Countdown", e ao mesmo tempo estávamos fazendo "Super Collider". E o interessante é que eu estava ouvindo essas músicas e pensando que elas são tão relevantes hoje. Pegue "Psychotron", e pense em todas as coisas que estão acontecendo agora com os drones (veículos de combate não tripulados). Então, eu não acho que tenha muita diferença entre aquela época e agora com esta banda. O único momento que eu sinto que o tempo passou é quando eu tento cantar algumas dessas músicas. Minha voz já não é tão alta assim!
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