quarta-feira, 15 de maio de 2013
Sebastian Bach e a rotina de ser um rock star
O Subba-Cultcha conduziu uma entrevista com o vocalista Sebastian Bach. Confira alguns trechos da conversa clicando no título desta matéria
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Subba-Cultcha: Como artista, você tem muita energia e entusiasmo, e eu não posso deixar de perguntar, isso nunca vai para? Você tem algum botão de desligar? Você consegue chegar em casa e deixar de ser o rock star "Sebastian Bach" apenas por uma ou duas horas?
Bach: Bem, eu fiz uma entrevista antes de falar com você, e a pergunta foi a seguinte: "Como a indústria da música mudou nos 25 anos desde que você começou a fazer isso", e eu acho a reposta seria a mesma para essa pergunta. Quando começamos, a forma da indústria da música para as bandas era assim, um ano longe do público, escrevendo um álbum, sendo pessoas normais, com as nossas famílias e outras coisas, e então aí sim poderíamos ir para a estrada por um ano, ou talvez dois, se você for bem sucedido, como se quisésemos estar em todas as revistas e na televisão, e na cara do público...fazendo shows por todo o planeta, então a turnê para, e você tira um ano de folga. Você levaria um ano fora compondo outros registros, cortando a grama, estando com nossos filhos e nossas famílias, e sendo normal, além de ganhar alguma perspectiva sobre a coisa toda. Eu costumava dizer ao meu vizinho, quando eu morava em Nova Jersey há vinte anos atrás: "Sim, eu vou trabalhar por um ano e depois volto para casa", e ele olhava para mim e dizia, "Que se dane, eu gostaria de poder fazer isso!" (Risos). Mas eu estou falando a verdade, porque era dessa maneira. Eu gostava de ir trabalhar por um ano, daí eu chegava em casa, depois ia trabalhar e depois voltava para casa e ficava mais um ano...Hoje em dia, eu não sei o porquê disso, mas agora é só trabalho, o tempo todo. Não tem como tirar um ano de folga agora. Não era que nem é hoje, com turnês intensas, festivais e vôos sem parar...sem falar das turnês mundiais, com cinco ou seis shows por mês, todo o ano. É mais ou menos assim. Eu não sei por que, mas isso é um problema bom de se ter, mas por outro lado é como se fosse um desafio, como agora, eu estou tentando terminar um novo álbum de estúdio, e eu sinto que preciso lançar um novo álbum, por isso é uma espécie de desafio se eu não conseguir...
Subba-Cultcha: Outra coisa que muita gente sabe é que você iniciou um trabalho de atuação - na televisão e na Broadway. Entre isso, e tudo que você realizou musicalmente, você ainda tem alguma outra ambição? Ainda tem alguma coisa que você espera alcançar em sua carreira?
Bach: Sim, tem uma resposta muito simples. Eu apenas quero dar um jeito na oferta que me fizeram para reunir a antiga banda. Tem muitas ofertas lucrativas. Eu só quero fazer as pessoas entenderem que se eu canto "I Remember You" ou "18 & Life", isso não muda nada a respeito de quem tocou baixo naquele dia, a música continua sendo a mesma. Quando você diz que existe alguma coisa que eu deixei de fazer, sim, eu gostaria apenas de fazer como Ozzy Osbourne faz, ou Neil Young...o mesmo tipo de turnês solo que eles fazem. E eu consegui, ao longo dos anos, chegar a esse ponto...o ano passado toquei no Download Festival e outros festivais, este ano eu irei para o Rock In Rio, então eu estou conseguindo este objetivo, devagar, mas com segurança. E é um objetivo prórpio, ser capaz de entrar em um ônibus e passar meses e meses fazendo shows, como eu sei que eu posso, se eu me reunir com toda a banda, mas não depende só de mim. Minha meta é chegar a esse ponto com a minha banda solo.
Leia a entrevista completa (em inglês) no Subba-Cultcha.
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